domingo, 28 de fevereiro de 2016

Warriors e Curry: Amor e ódio dos fãs. Como tudo começou e onde vai parar


Golden State Warriors e Stephen Curry estão mudando a história e desenvolvimento da liga, isso é fato. "Ah mas você tá querendo dizer que eles são melhores que o Bulls e que Curry é melhor que Jordan" NÃO! Não pretendo comparar times com esse post. O ponto é que o basquete está mudando de formato, de estilo e dinâmica de jogo e os responsáveis estão no começo deste parágrafo.
Alguns dos melhores pivôs da história da NBA
Desde sua fundação, a NBA esteve acostumada com jogos mais pegados, duros, com muitas disputas no garrafão, com grandes e excelentes alas pivôs e pivôs, como Kareem Abdul Jabbar, Wilt Chamberlain, Bill Russell e muitos outros. As bolas de três pontos foram incluídas na NBA em 1979, ano em que Larry Bird e Magic Johnson estreavam na liga. Larry Bird foi ambicioso e se especializou nos chutes de 3 pontos e de média distância, sendo um dos primeiros a explorar a linha de três de forma bem sucedida, mas nunca a explorou ao máximo. O início dos 3 pontos gerou estranhamento, tanto para os jogadores, quanto para os fãs.
Com o tempo, o jogo de fora do garrafão foi crescendo, o famoso mid range, que se trata de chutes de média distância, foi o que mais evoluiu e foi se adaptando ao gosto dos torcedores e jogadores, um dos maiores responsáveis por isso foi o melhor jogador da história do basquete, Michael Jordan, que era especialista nesses chutes. Se contextualizarmos para nossa época (tenho 20 anos), temos Kobe Bryant, Kevin Durant e Carmelo Anthony, que usam e abusam dos chutes de média/longa distância.
Bom, o curioso é que tínhamos times que variavam entre jogos no garrafão e média distância, claro que haviam os especialistas em bolas de 3, porém a nova regra até então não tinha sido explorada ao máximo e ninguém tinha pensado nisso. Há pouco tempo atrás, Curry e Thompson eram bons jogadores, sob o comando do técnico Mark Jackson e o Golden State Warriors era um time normal, que vinha evoluindo um pouco a cada temporada, mas estava longe de ser um time favorito e tudo mais.
Steve Kerr substituiu Mark Jackson no comando técnico e foi a cabeça por trás do estilo de jogo insano que viria à tona na temporada passada. De lá pra cá, vocês já sabem o que aconteceu, o Warriors foi um experimento científico que ascendeu de forma incrível e passou a "ameaçar" o legado antigo do basquete. Li um texto interessante que dizia que tudo o que é novo em uma sociedade, assusta as pessoas que já estavam acostumadas a uma tradição antiga. É como se você só comesse carne e chegasse um líder que lhe apresentaria uns vegetais e frutas e lhe diria que é muito melhor que carne. Todos ficariam desconfiados com aquele cara, por um bom tempo, mas depois, quando ele partisse, você iria pensar em como aquilo poderia ter lhe ajudado a não ficar gordo (sem ofensas) ou com problemas de saúde, por exemplo. Nossa! que viagem, espero que tenham entendido o que eu quis dizer.
O fato é que Stephen Curry é esse líder, que vem causando sucesso/desconfiança e raiva devido a esse novo estilo de jogo. O que ele faz em quadra é muito diferente do que muitos dizem por aí, como por exemplo: "É um mero chutador, não é decisivo...". Ele é responsável por esse "susto" em muitos fãs que estavam acostumados a outro tipo de jogo, pode até ser interpretado como ofensivo. O fato é que esse rapaz está mudando a história da liga e construindo um legado sensacional. Isso não quer dizer que ele é o maior e melhor de todos, não.
Uma das maiores mentes da NBA, Gregg Popovich, técnico do San Antonio Spurs e responsável por todos os 5 títulos da franquia, é uma das pessoas que odeia as bolas de 3 pontos e já chegou a dizer que isso não é basquete e é mais parecido com um número de circo. Nesse ano, ele se rendeu e passou a admirar o que o time de Oakland faz em quadra. Sim, Pop, parece um número de circo, mas no mínimo um Cirque du Soleil, é incrível de assistir. O "turrão" Popovich declarou o seguinte:
"Eles são um time muito divertido. Eu compraria um ingresso para vê-los jogar. Quando eu os vejo movendo a bola, fico com muita inveja. Quando os vejo arremessando sem marcação mais do que todo mundo na liga, é inspirador. É um grande basquetebol. Na verdade estou gostando muito deles. Você tenta decifrá-los, mas de certa forma eles são indecifráveis com aquela mistura particular de talentos que eles têm. Não é só uma questão de que Steph (Curry) consegue matar bolas, Klay consegue matar bolas ou Draymond Green é versátil. Todos que estão em quadra são capazes de passar, receber e arremessar. E todos eles entendem isso".
Muitos dizem que se dobrarem e apertarem a defesa em Curry, vão conseguir pará-lo, mas isso é exatamente o que o Warriors precisa para te castigar com outros jogadores, e com o próprio Curry, que aprendeu a ser mais agressivo e escapar dessas situações. Parei para pensar e o grande responsável por essa melhora do atual MVP (além dele mesmo) é o armador do Cleveland Cavaliers, Matthew Dellavedova. O australiano fez uma marcação sensacional em Curry na última final da NBA, apertando-o, diminuindo seu espaço, inclusive, muitos memes surgiram na internet, caçoando do armador do Warriors. A virada de mesa, pelo menos para mim foi marcada em um lance que ocorreu no jogo 5 daquela final:

Esse é um dos lances comuns de Stephen Curry na atual temporada, ele e os seus próprios companheiros já estão acostumados. Ainda nesta semana ele fez isso contra o Orlando Magic:
Curry está com um número absurdo de 4 bolas do meio da quadra (ou antes) convertidas na temporada, tanto que neste lance, os seus companheiros riram no banco, não havia aquele ar de espanto. Bom, Klay Thompson explica melhor:
"Haha, eu já sabia que ele ia acertar aquele chute do meio da quadra, juro que sabia. Até falei para o Brandon (Rush) no banco, 'Apenas assista, ele vai acertar essa'. Nós estamos testemunhando a grandeza".
Vamos a alguns números e recordes para situar melhor essa aproveitamento incrível da linha de 3 pontos:
1. Curry bateu o recorde de Kyle Korver (127 jogos) e acertou pelo menos uma bola de três nos últimos 130 jogos!
2. Ele igualou ontem contra o Thunder recorde de maior número de bolas de três convertidas em um único jogo, com incríveis 12, partilhando dessa marca com Kobe Bryant.
3. Ele também quebrou mais um recorde ontem, desta vez um recorde que já pertencia à ele: Maior número de bolas de três convertidas em uma temporada, ele tinha 286 na temporada passada, nesta ele já tem incríveis 288, e é bom lembrar que ainda faltam 24 jogos para o fim da temporada regular.
A cada jogo do Warriors eu teclo nesse ponto de testemunhar, ver a história passando pela minha e sua frente. Lembro do meu pai com os olhos brilhando me contando da época em que assistia a NBA, e assistia Jordan, Magic, Bird, naquela glamorosa época da NBA. Eu escuto com atenção e tento tirar para mim a lição de aproveitar o que esses caras estão fazendo. 53 vitórias e apenas 5 derrotas na temporada, um estilo de jogo que jamais vi na vida e provavelmente vocês também não.
As gerações da NBA.
Eu também aprecio algumas críticas, queria muito ter visto essas lendas do passado jogando ao vivo, meu alento é que existem os VTs dos jogos, reservo um tempo da semana para assisti-los. É preciso ser saudosista sim, é importante respeitar tudo o que esses jogadores fizeram pelo basquete. Respeito o passado, o presente e o futuro da NBA, isso porque respeito esse jogo acima de tudo. Não sejam chatos, aproveitem, tanto o passado como o presente e o futuro e acima de tudo respeitem o nosso basquete!
Onde o Golden State Warriors vai parar? Não sei, talvez não consigam bater o recorde do Chicago Bulls, talvez consigam e percam nos playoffs ou final, porém acho bem improvável, não existe brecha nenhuma para sequer desconfiar desse time, estão em um patamar completamente diferente. Como pará-los? Não sei, e até agora também ninguém sabe. A única coisa certa é que os Warriors e Stephen Curry estão sendo históricos para a NBA. Espero que tenham gostado, fui bastante sincero no que escrevi, se não concordam, sejam bem vindos a um bom debate!


domingo, 21 de fevereiro de 2016

A história do Detroit Pistons


O Detroit Pistons foi fundado em 1941, quando a franquia ainda nem era de Detroit, e sim de Indiana. Indiana? Sim, era o Fort Wayne Zollner Pistons e jogava na NBL (National Basketball League). Mas por quê esse "Zollner"? Zollner é o nome dos fundadores do Pistons, Fred e Janet Zollner. O Fort Wayne era uma potência da NBL, chegou em 5 finais e faturou dois títulos consecutivos (1944 e 1945).

Na temporada 1946/47, a NBL começou a perder vários talentos para a BAA (Basketball Association of America), fato que continuou ocorrendo na temporada seguinte e fez com que Zollner fechasse um acordo com a BAA. A união entre NBL E BAA ganhou força com essa mudança do Pistons e em 1949 surgiu a NBA.
Fred Zollner tirou seu sobrenome do time, que se tornou apenas Fort Wayne Pistons. O time ganhou 2 títulos de conferência (1955 e 1956), mas não teve força suficiente para vencer seu primeiro título da NBA, caindo para o Syracuse Nationals em uma série dura e traumática, com a perda no jogo 7 por 92-91, e para o Philadelphia Warriors por 4-1.
Com o Pistons sendo uma das forças da NBA, Zollner sentiu a necessidade de ir para uma cidade com mercado maior, nada contra Fort Wayne, que era uma cidade apaixonada pelo basquete. A franquia se mudou para Detroit em 1957 e formou o time que todos nós conhecemos hoje em dia. Cara, foi uma combinação perfeita, o time dos "Pistões" na cidade que vive um amor eterno por veículos automotores.
Dave Bing e Bob Lanier
O Detroit teve grandes jogadores, o seu 1º grande jogador foi draftado em 1966, se tratava do armador Dave Bing. Bing se diferenciava dos armadores da época, pois tinha um estilo bem agressivo e pontuava bastante, ele foi o novato do ano em 1966 e cestinha da liga em 1968. Outra importante aquisição foi Bob Lanier, outro jogador que teve sua camisa aposentada pelo Pistons. Mesmo com muito talento, nem Lanier e nem Bing não conseguiram levar a franquia ao título, o time era marcado por talentos individuais e um elenco fraco.
Isiah Thomas, Bill Laimbeer e Vinnie Johnson
O tempo foi passando e o time não conseguia repetir o sucesso dos tempos de NBL e do início da NBA. O time só foi se encontrar na década de 80. Tudo começou com o Draft de 1981, quando armador/lenda da NBA, Isiah Thomas (curiosamente da universidade de Indiana) foi draftado. O Pistons ainda adquiriu o pivô Bill Laimbeer e o armador Vinnie Johnson em 1982. Esse trio foi a primeira base do grande time que estava por vir.
Joe Dumars
Em 1984, depois de um longo tempo batalhando, o Pistons fez uma boa campanha, conseguiu o 4º lugar na conferência leste e foi aos playoffs, o que se tornou um fato constante. A inexperiência pesou e o time caiu para o New York Knicks na primeira rodada por 3-2. Em 1985, Joe Dumars (outra peça chave) foi draftado, um novo 4º lugar no leste, mas dessa vez o time varreu o New Jersey Nets na primeira rodada, porém o desafio nas semifinais foi imenso, contra o Celtics de Bird, que venceu a série por 4-2.
Tudo começaria a mudar em 1986. O técnico Chuck Daly e o líder do time, Isiah Thomas, decidiram que para conseguirem alcançar maiores objetivos, teriam que jogar mais agressivamente, e quando eles diziam agressivamente, não estavam de brincadeira, os Bad Boys nasceram ali. A decisão veio após mais uma eliminação nos playoffs, dessa vez para o Atlanta Hawks, que ganhou a série muito por ser um time mais atlético. Com John Salley, Dennis Rodman, ambos vindos do draft de 1986 e Adrian Dantley adquirido em uma troca com o Utah Jazz, os bad boys estavam totalmente formados em 87. Depois de ficarem em 3º lugar e eliminarem o Wizards e Hawks, era hora de enfrentar o Celtics na final da conferência (fato que não ocorria desde 1961). O estilo de jogo agressivo não conseguiu render a eles o título de conferência daquele ano, mas chegou bem perto disso, perderam no jogo 7 em Boston, mas aquele foi o jogo para confirmar que aquele estilo viria a dar certo logo logo.
Os Bad Boys
A evolução do time de Detroit era notável, em 88 a franquia chegou ao 2º lugar no leste, ficando atrás do Celtics por apenas 3 vitórias. Nos playoffs, o Pistons passou por Wizards, Bulls de Jordan (o que marcaria o primeiro duelo entre jordan vs bad boys) e na final do leste, a vingança contra o Celtics, vencendo o título da conferência por 4-2. Aquela foi a primeira final do Pistons desde que a franquia se mudou para Detroit. A ótima temporada do Pistons não foi suficiente para derrotar uma impecável temporada do Los Angeles Lakers, que venceu a final por 4-3.
O primeiro título do Detroit Pistons
Quanto mais a torcida de Detroit teria que esperar para comemorar um título? O ano do Pistons chegou: 1989. Quem não torcia para o Detroit odiava aquele time, consideravam um time sujo, porém para o Pistons aquilo não importava, o que importava era a obsessão pelo título. A temporada 1988/89 começava com a mudança do time para a sua atual arena: The Palace of Auburn Hills. Com a nova casa, veio um novo ânimo, o time fez a melhor campanha da história da franquia, com 63 vitórias e 19 derrotas, liderando o leste e a liga. Nos playoffs, uma atuação avassaladora, varrendo o Boston, o Bucks, um 4-2 no Bulls na final do leste, e um sonoro 4-0  na final da liga contra o Lakers! O primeiro título em Detroit finalmente chegou, Joe Dumars foi o MVP das finais.
A comemoração do 2º título
No ano seguinte, o Detroit não tirou o pé do acelerador. Liderou o leste com 59 vitórias, varreu o Pacers, eliminou o Knicks por 4-1 e teve seu maior teste, enfrentar o Chicago Bulls com um Michael Jordan irritado e sedento por seu primeiro título. O jogo foi marcado pelas faltas duríssimas em MJ, no final os bad boys levaram a melhor mais uma vez, vencendo o jogo 7 e conquistando seu 3º título de conferência consecutivo. A final foi contra o Portland Trail Blazers, o Pistons perdeu o segundo jogo em casa e foi com 1-1 para Portland, lugar onde não conseguia uma vitória desde 1979. Entretanto o tabu não atrapalhou, o Pistons venceu as 3 partidas levou o seu 2º título para casa. Isiah Thomas foi o MVP das finais.
Em 1991, o Detroit já não era o favorito, foi o 3º no leste, atrás de Bulls e Celtics. Nos playoffs, passou por Atlanta e surpreendeu o Boston, chegando a mais uma final de conferência, novamente contra o Chicago Bulls. Desta vez com um roteiro bem diferente, o Bulls venceu por 4-0 com atuações magnificas de Jordan, era o fim de uma das melhores eras do Pistons e o começo de uma dinastia do Bulls.
A imagem que marcou o fim da era dos bad boys.
O time foi caindo de rendimento e se desmontando, Laimbeer e Thomas se aposentaram, outros jogadores foram trocados, os novos jogadores não vingaram. Em 1999, Joe Dumars se aposentou como jogador e em 2000, assumiu a presidência do Detroit Pistons e começou o processo de reconstrução do elenco a cada temporada. Aos poucos, contratou Ben Wallace (2000), o técnico Rick Carslile, que levou o time a primeira vitória de playoffs desde 1991. Em 2002, contratou Chauncey Billups, Richard Hamilton e draftou Tayshaun Prince. O time voltou aos playoffs e chegou a final de conferência, fato que não ocorria desde 1991, mas foi eliminado pelo Nets.
3º título do Pistons
Mesmo após uma ótima temporada, Carslile foi demitido devido a desentendimentos com Dumars e alguns jogadores. Larry Brown assumiu o comando da equipe. A peça final do time chegou, Rasheed Wallace foi contratado em Fevereiro de 2004 para cuidar do garrafão do Pistons. O time ficou em 3º lugar com 54 vitórias, passou por Bucks, se vingou do Nets nas semifinais, venceu seu 6º título de conferência em cima do líder e favorito Indiana Pacers. A final era contra o então tricampeão Los Angeles Lakers, de Kobe Bryant, Shaquille O'Neal, Gary Payton e Karl Malone. Os Lakers eram favoritos, mas o Pistons mostrou sua força e surpreendeu a todos com um 4-1, vencendo seu 3º título da NBA, Billups foi o MVP das finais
O excelente quinteto do Pistons: Hamilton, Prince, Rasheed Wallace, Billups  e Ben Wallace.
Em 2005, mais uma bela temporada, terminando em 2º no leste e chegando a final da liga outra vez, depois de eliminar o Heat em 7 jogos duríssimos. O time caiu na final para o forte San Antonio Spurs de Popovich, Parker, Duncan e Ginobili em mais uma longa série de 7 jogos. O time se manteve entre os melhores nas três temporadas seguintes sob o comando técnico de Flip Saunders, onde chegou nas finais de conferência, porém acabou sendo derrotado nas três oportunidades, uma para o Heat, outra para o Cavaliers e a última para o Celtics.
Andre Drummond carrega o presente e futuro do Pistons
Desde 2008 o Pistons não chega em uma final de conferência, na atual temporada o time está brigando por um lugar nos playoffs e depois da janela de transferências deste ano, se tornou favorito para chegar na pós temporada. O elenco é novo e tem como principal destaque o jovem pivô, líder de rebotes da liga e também monstro, Andre Drummond, o time tem um bom potencial para o futuro.

Curiosidades do Detroit Pistons
1.O nome "Pistons" faz referência à fábrica de pistões de Fred e Janet Zollner, e por coincidência da vida, futuramente acabou combinando demais com a cidade de Detroit, conhecida como "Motor City". 
2.A era Zollner acabou em 1974, com a venda da franquia para Bill Davidson, que permaneceu no comando da franquia até sua morte, em 2009.
3.No jogo 6 da final contra o Lakers em 1988, Isiah Thomas torceu o tornozelo e mesmo sentindo muitas dores, a vontade de vencer era maior, ele continuou em quadra e anotou 25 pontos em um único quarto, até hoje é a maior pontuação de um quarto em uma final de NBA.
4.No jogo 5 da final contra o Blazers, o Portland estava perdendo por 90-83 nos últimos 2 minutos de jogo, com uma virada sensacional e a cesta do título convertida por Vinnie Johnson com 0,07 no relógio. O chute virou um apelido carinhoso de 007 para Johnson.
5.O fim da era dos Bad Boys foi marcado pela final de 91, quando o time se retirou de quadra antes de terminar o jogo 4 contra o Bulls, sem apertos de mão e comprimentos aos jogadores do Chicago.
6.No jogo 3 das finais contra o Lakers, o Pistons com uma poderosa defesa, permitiu apenas 68 pontos do time de Los Angeles, a pior pontuação da história do Lakers.
7.Em 2005, Bill Davidson, dono do Pistons e do Tampa Bay Lightning (NHL) foi o primeiro a ser campeão da NBA e NHL em um mesmo ano.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O clímax da NBA vem aí

A temporada 2015/16 da NBA, também conhecida como atual temporada está chegando na melhor parte. O fim do All Star Weekend e o fim da janela de transferências marca o começo da reta final da NBA, a hora que tudo fica mais interessante. O período festivo se encerra, os times ficam definidos para o final da temporada regular, quem arrumou o time, arrumou e quem bagunçou o seu elenco e perdeu força, já era.
Os ajustes são fundamentais para tentar chegar aos playoffs e vencer o título, os times tem apenas mais um tempo para entrosar os jogadores. Bom, todas esses medidas para adequar os times se tornam ainda mais importantes quando se trata dessa atual temporada. Por quê? Resposta simples: Golden State Warriors. O time está praticamente imbatível até o momento, com 48 vitórias e apenas 4 derrotas. A missão dos concorrentes não é nada fácil e todos estão tentando montar um time para surpreender o líder da NBA.
Então, chega de enrolação e vamos aos favoritos, segundo eu, a atual classificação e o momento dos times:
1. Conferência Oeste:

 
 
- Golden State Warriors: Cara, eu não tenho muito o que explicar sobre este time, a franquia está marcando época na liga, podendo bater o recorde de melhor campanha da história da NBA, que pertence ao Bulls da era Jordan e Pippen (1995/96). Com um estilo de jogo arrojado, liderado pelo atual MVP, Stephen Curry, com um ataque poderoso, uma ótima movimentação de bola, um técnico excelente no comando e um elenco de qualidade excepcional, o Warriors é favoritíssimo ao título. Lidera a conferência oeste e a classificação geral (48-4)  e tem o melhor ataque da liga, marcando 115,5 pontos por jogo.

 

 
 
- San Antonio Spurs: O time do técnico e mestre Gregg Popovich, é sempre favorito, tem um time pronto desde que me entendo por gente. O time é o 2º do oeste e 2º da liga, com uma campanha também sensacional (apesar de ofuscada pelo Warriors). O time é muito experiente e tem a melhor defesa da liga, permitindo que seus adversários marquem apenas 92 pontos por jogo. Nunca subestimem o Spurs e Gregg Popovich, que deve estar passando noites em claro pensando em como parar o GSW e conseguir mais um título para a franquia.

 
 


 
- Oklahoma City Thunder: O Oklahoma é um dos times mais subestimados entre os favoritos, sempre há desconfiança quanto a eles. O elenco parece ser instável em momentos dos jogos, mas o que não se pode negar é que o OKC tem um estilo de jogo muito explosivo e isso é um remédio que ajuda a curar a sua defesa ruim. Liderados por dois monstros, Kevin Durant e Russell Westbrook, o Thunder é uma potência que pode conseguir parar o Golden State, inclusive dentre os favoritos, foi o time que mais deu trabalho para a franquia da Bay Area. É o 3º melhor time do oeste e da liga (40-14) e possuem o 2º melhor ataque da liga, anotando 110 pontos por jogo.

 
2. Conferência Leste:
 


 
- Cleveland Cavaliers: Não tem como falar outra coisa sem mencionar "É o time do LeBron". Sim, é o time liderado por LeBron James e é um dos francos favoritos ao título, por ter um monstro em quadra e um ótimo time titular e reserva. Os Cavs ganharam o retorno de Kyrie Irving, não faz muito tempo, o que é uma excelente adição ao time, que é soberano no Leste e foi finalista da NBA no ano passado, fazendo o Warriors suar para vencer o título. A seca de 40 anos sem ter um título é o que move a franquia e motiva os seus jogadores, inclusive LeBron, que é atualmente o 3º na corrida para o MVP. Os Cavs sobram no leste com 39 vitórias e 14 derrotas, tem a 4ª melhor defesa da liga, seus adversários marcam cerca de 96 pontos por jogo.

 
 
- Toronto Raptors: Os Raptors vem fazendo uma ótima campanha na temporada regular, o que foi comum nos últimos 2 anos, mas o grande desafio do time canadense são os playoffs. Isso porque a franquia sofreu derrotas muito dolorosas na primeira rodada dos playoffs em 2014 e 2015, fato que marcou o time. Os fatores principais para eliminar a desconfiança são Kyle Lowry e DeMar DeRozan, uma dupla letal de armadores, além da boa defesa do time (5ª melhor da liga, permitindo 97,3 pontos por jogo). O Raptors é o 2º colocado no leste (35-17).

 
 


 
- Boston Celtics: Se eu citasse o Celtics no início da temporada, me chamariam de louco. Realmente, ninguém esperava isso. O time de Boston vem fazendo uma campanha surpreendente, inclusive derrotando o Cavs e quase derrotando o Warriors. A desconfiança a cerca do Celtics se dá pelo fato do time não ter um astro. Entretanto os torcedores celtas tem uma resposta para isso: Isaiah Thomas. O baixinho está jogando muito e é a grande estrela do time, que está apresentando um jogo bem sólido, com um conjunto bem forte e um novo e muito bom técnico, Brad Stevens.. O Boston é o 3º colocado no Leste, com 32 vitórias e 23 derrotas, tem o 4º melhor ataque da liga (105,7 pontos por jogo).

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A história do Chicago Bulls


O Chicago Bulls é uma das maiores franquias da NBA e é lembrado principalmente por ser o time onde o melhor jogador da história do basquete jogou. O fato interessante é que a maioria das pessoas só conhecem essa parte da história da franquia.
A cidade de Chicago já teve duas franquias antes do Bulls, já foi Stags, Packers e por último Zephyrs. Em 1966 tudo começou e os Bulls foram fundados por Dick Klein, então presidente e diretor do time. Na sua primeira temporada em 1966/67, o time atingiu os playoffs. Em 1972, a equipe teve a melhor campanha desde sua fundação (57-25). o Chicago conseguiu atingir a sua primeira final de conferência em 1975, mas acabou sendo derrotado pelo Golden State Warriors, por 4-3.
As temporadas foram passando e o Chicago Bulls não conseguia mais ser um destaque, o time clamava por uma estrela, um cara que pudesse guiar o time para o título, e em 1984 o passo crucial da história do Bulls foi dado: "Com a 3ª escolha do Draft de 1984, o Chicago Bulls seleciona...Michael Jordan, da Universidade da Carolina do Norte".
Jordan no Draft de 1984
Sabendo do talento do jogador, o então dono da franquia, Jerry Reinsdorf e o GM, Jerry Krause, decidiram construir um time em volta de Jordan, com ele como base principal. Na sua primeira temporada na NBA, Jordan já mostrou do que seria capaz, foi o 3º maior pontuador da liga e o 4º maior ladrão de bolas da temporada, foi eleito o novato do ano e levou o Bulls aos playoffs, caindo na primeira rodada para o Milwaukee Bucks.
No início da temporada seguinte, o Bulls adquiriu o armador John Paxon e o ala Charles Oakley, para ajudar Jordan, mas ele acabou quebrando o pé no início da temporada. Jordan se recuperou no final da temporada, o Bulls conseguiu ir aos playoffs no 8º lugar e foi eliminado pelo Boston Celtics de Larry Bird, porém o fato marcante daquela série aconteceu no 2º jogo, quando MJ anotou impressionantes 63 pontos, até hoje esta é a maior pontuação anotada por um jogador em uma partida de playoffs. Nos playoffs de 1987, o Bulls caiu novamente para o Boston Celtics por 3-0, Jordan terminou a temporada com incríveis  37,1 pontos de média e foi cestinha da temporada.
Scottie Pippen
No Draft de 1987, Krause fez um ótimo negócio, adquirindo um segundo pilar para o Bulls, o ala Scottie Pippen. Jordan foi o MVP da temporada e teve 35 pontos por jogo, além de 3,5 roubos de bola por jogo, novamente liderando a liga nesses dois quesitos. O Bulls venceu o Cleveland na primeira rodada dos playoffs de 1988 e caiu para o Detroit Pistons nas semifinais da conferência por 4-1, na série que marcaria a rivalidade entre os dois times.
Jordan x Bad Boys de Detroit
Em 1989, já com Pippen em ascensão e no time titular, o Bulls chegou aos playoffs e passou por Cavaliers e Knicks, chegando na final da conferência, novamente contra os Bad Boys de Detroit. Com jogos acirrados e violentos, Detroit venceu a série por 4-2 e ainda venceu a liga. A escrita continuou em 1990, mesmo com a contratação de Phil Jackson, que viria a se tornar um dos melhores técnicos da história da liga, com mais uma boa campanha do Bulls na temporada regular e mais uma eliminação na final da conferência Leste para o arquirrival, Detroit Pistons, de Isiah Thomas. Jordan foi o cestinha da temporada pelo 4º ano consecutivo.
O primeiro título do Bulls
A temporada 1990/91 foi um divisor de águas para o Chicago Bulls, aquele definitivamente era o ano para se exorcizar todos os fantasmas e consagrar o elenco. Com 61 vitórias (então recorde da franquia), os Bulls foram para os playoffs extremamente focados. A trajetória foi a mesma do ano anterior, porém com resultados diferentes. O time de Chicago varreu os Knicks na primeira rodada, um 4-1 no Philadelphia 76ers nas semifinais e a oportunidade de revanche surgiu: uma nova final de conferência contra o Pistons. Todos esperavam um jogo equilibrado como nos últimos anos, mas o que se viu foi um sonoro 4-0 aplicado sobre o Pistons e o fantasma dos Bad Boys finalmente foi exorcizado. Na final um 4-1 sobre o Lakers de Magic Johnson e o primeiro título da franquia. Jordan foi o MVP da temporada, cestinha da temporada (31,5ppg,) e MVP das finais, uma temporada perfeita.
Tudo parecia melhorar na temporada seguinte, com 67 vitórias na fase regular (novo recorde da franquia) e passando por Miami Heat, New York Knicks em uma série dificílima, Cleveland Cavaliers e Portland Trail Blazers na final, com MJ batendo mais um recorde: maior número de pontos em um único período de uma final (35 pontos contra o Portland). A franquia de Chicago adicionou o seu segundo título na galeria de troféus. Pra variar, Jordan teve mais uma temporada perfeita, Cestinha, MVP da temporada e das finais.
Phil Jackson e os jogadores comemorando o título.
O tricampeonato veio na temporada 1992/93, mas com algumas mudanças: O Chicago Bulls ficou em 2º na temporada regular, atrás do New York Knicks, Charles Barkley do Phoenix Suns foi eleito o MVP da temporada, a terceira mudança vocês saberão já já. Na pós temporada a normalidade estava presente, Hawks e Cavaliers varridos, depois mais uma vitória sobre o Knicks, dessa vez na final da conferência. A final foi contra o Suns de Barkley, e quando o Chicago liderava a série por 3-2 e jogava em Phoenix, a terceira mudança apareceu, um herói improvável: O Suns vencia o jogo por 98-96, mas nos 3 segundos finais, onde se esperava que Jordan pegasse a bola e decidisse, o armador John Paxon apareceu e matou uma bola de 3 pontos que deu o tri ao Bulls.
Jordan na MLB
A notícia do momento em outubro de 1993 caiu como uma bomba para os fãs da NBA: Jordan anunciou a sua aposentadoria do basquete e foi jogar beisebol para homenagear o pai que fora assassinado e era um grande fã do esporte. Para o Bulls foi bastante indigesto, para o Knicks (então freguês do Bulls) foi perfeito. Pippen provou a todos que tinha qualidade para liderar a equipe e não ser apenas um coadjuvante (acredite, tem gente que pensa assim). O ala segurou o time, que ficou em 3º no leste, com 55 vitórias. Nos playoffs uma nova varrida no Cavs, mas uma derrota dura para o Knicks em 7 jogos nas semifinais. Pippen foi o MVP do all star game e teve uma grande temporada,
Depois de um início de temporada turbulento com entrada de novos jogadores (destaque para o armador Steve Kerr) e saída de jogadores que eram base do antigo time e brigando por um lugar nos playoffs, o Bulls ganhou a volta de Jordan, que jogou apenas os 17 jogos finais. O time de Chicago caiu nas semifinais de 1995 para o Orlando Magic do jovem e impactante Shaquille O'Neal.
O melhor time da história do basquete:

A temporada 1995/96 era a hora perfeita de voltar a ter glórias. Tudo começou com Krause fazendo seus negócios e adquirindo o ala pivô Dennis Rodman, que chegou a fazer parte dos Bad Boys de Detroit. O quinteto titular era composto por Harper, Jordan, Pippen, Rodman e Longley, com Kerr, Kukoc e Brown sendo peças chave vindo do banco. Esse foi o elenco que fez a melhor campanha da história da NBA, com 72 vitórias e 10 derrotas. Os playoffs foram assim como a temporada regular, 3-0 no Heat, 4-1 no Knicks, 4-0 no Magic (se vingando da temporada anterior) e 4-2 no Supersonics na grande final. Jordan foi cestinha, MVP do all star game, da temporada e das finais, Krause foi o melhor manager do ano, Phil Jackson foi o melhor treinador da temporada e Kukoc o melhor 6º sexto homem.
Os 6 troféus do Chicago Bulls
Com esse elenco sensacional, tanto dentro, como fora de quadra, os Bulls conseguiram mais dois títulos, em 97 contra o Utah Jazz da dupla dinâmica, John Stockton e Karl Malone e em 98 novamente contra o Jazz, incluindo uma final de conferência incrível contra o Indiana Pacers de Reggie Miller, fechando mais um tricampeonato consecutivo, o 5º prêmio de MVP para Jordan e o 10º prêmio de cestinha da liga. 
Krause sentiu a necessidade de reconstruir o time, já que estava considerando que o elenco estava envelhecido. Jordan se aposentou outra vez, e um combo de jogadores foram trocados, incluindo Pippen e Rodman. Phil Jackson foi para o Los Angeles Lakers e o ciclo vitorioso do Bulls se encerrou. 
Derrick Rose e seu prêmio de MVP
De lá pra cá o Bulls vem tentando ser campeão, mas não conseguiu ter um elenco com potencial para isso, a esperança começou a dar sinal com o draft de Luol Deng e Ben Gordon em 2004. Deng foi quem se destacou bastante durante os anos em que passou no Bulls. Em 2008, o armador Derrick Rose foi draftado. Rose sempre gerou muitas expectativas em todos, e parecia que conseguiria levar o Bulls a um novo título. Em 2010/11 quando o técnico Tom Thibodeau foi contratado, Deng e Rose lideraram o time, que fez uma temporada incrível, terminando com 62 vitórias. Rose se tornou o jogador mais novo a vencer o prêmio de MVP, mas depois de passar com facilidade por Pacers e Hawks, o Bulls caiu na final da conferência para o Heat de LeBron James. De lá até hoje, o fantasma das lesões vem assombrando a franquia. Rose não conseguia ter continuidade do time.
Os dois motivos para de acreditar no Chicago Bulls :
Derrick Rose e Jimmy Butler.
Na atual temporada, o time gera boas expectativas, Rose ganhando ritmo e o ala armador Jimmy Butler está fazendo uma temporada incrível, e até deu um susto na torcida quando teve uma lesão no joelho e saiu de cadeira de rodas da quadra, mas ele ficará fora por pouco tempo, já Joakim Noah está fora da temporada e pode ser um desfalque importante pra quem almeja ser campeão. O Bulls ainda tem chances de surpreender no leste, mas falta continuidade e experiência do time e do novo técnico Fred Hoiberg.

-Curiosidades do Chicago Bulls:
1. É a única franquia que jamais perdeu uma final de NBA.
2. Detém o recorde de melhor campanha da história da NBA, com 72 vitórias e 10 derrotas, na temporada 1995/96.
3. Aquele time de 1996 é considerado como o maior time da história da NBA.
4. O atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é torcedor fanático do Bulls.
5. É a atual 3ª franquia mais valiosa da NBA (2,3 bilhões de dólares!!!).
6. O nome "Bulls" foi criado para homenagear uma famosa indústria de carne localizada em Chicago.
7. Em 1979, o Bulls perdeu o sorteio da 1ª escolha do Draft para o Jazz, a escolha do Jazz foi para o Lakers. Quem era o jogador? Magic Johnson. Por pouco teríamos Magic e Jordan no Bulls.
8. Em 2008 o Bulls tinha 1,7% de chances de conseguir uma primeira escolha no Draft e acabou conseguindo, podendo assim draftar o armador Derrick Rose.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O Black Month History e a importância dos negros para a NBA

O mês de Fevereiro é marcado nos Estados Unidos e Canadá pela celebração do Black Month History. Como o nome já diz, é uma homenagem à importância dos negros na sociedade. Tudo começou com a Negro History Week (semana da história dos negros), que depois foi reconhecida pelo governo americano e se estendeu por todo o mês de Fevereiro. Mas por quê neste mês, Laranja? Porque é o mês do nascimento de Abraham Lincoln, presidente que aboliu a escravidão nos Estados Unidos e de Frederick Douglass, um dos líderes dos movimentos abolicionistas.
E o que isso tem a ver com o basquete, Laranja? Tudo.
A NBA celebra MLK, feriado em homenagem à Martin Luther King com várias atrações e programações, incluindo sempre uma rodada de jogos especiais, como neste ano, com o confronto entre os finalistas da última temporada, Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors. O Black History Month também é celebrado pela NBA todos os anos, com os jogadores usando camisas especiais e eventos festivos propostos por cada franquia da liga.
A camisa comemorativa deste ano.
A principal linha de tênis da Nike também prestando homenagens.
Os negros são a alma do basquete, principalmente na NBA. Em 2015, cerca de 74,4% dos jogadores da liga eram negros, somente 23% eram brancos, dentre as principais ligas profissionais americanas e canadenses, é a que possui o maior número de negros. Hoje em dia é comum, mas nem sempre foi assim, o preconceito atrasou a chegada dos negros no basquete profissional americano no século passado.
Os asiáticos (Wataru Misaka em 1946) foram aceitos antes dos negros. O primeiro negro a conseguir jogar na NBA foi Earl Lloyd, na temporada 1950/51, seguido por Chuck Cooper e Nathaniel Clifton e Hank DeZonie. Cooper foi o primeiro negro draftado para jogar na liga. O técnico do Boston Celtics e um dos maiores mitos da história dessa liga, Red Auerbach foi o responsável por draftá-lo. Auerbach foi uma porta para os negros na NBA.
Bill Russell e Red Auerbach
A liga logo sentiu a diferença, na década de 60 o jogo estava mais rápido, com um ritmo forte. Auerbach foi o primeiro a se destacar, montando o timaço do Boston Celtics que faturou 11 títulos nesse período. Bill Russell, sim, o astro do Boston foi o primeiro negro a se tornar técnico, em 1966.
Os negros dominaram a liga em pouco tempo e eu tenho toda a certeza quando digo que esta liga não seria nada sem a presença deles. Vamos aos fatos interessantes:
-O que seria da NBA sem os negros?
1.Se você for no site da NBA e ver quem são os maiores jogadores do século passado, notará que 32 dos 50 melhores, são negros.
2. Se você for ver a lista de MVPs, dos 60 premiados (contando que um negro com certeza vencerá o prêmio este ano), 50 são negros. Ou seja, sem eles, a NBA perderia 50 MVPs.
3. Os últimos 38 cestinhas da liga foram negros, o último branco a vencer o prêmio foi Pete Maravich, em 1977.
4. Do total de 68 cestinhas da temporada que essa liga já teve, 53 são negros.
5. Os últimos jogadores brancos a vencer o prêmio de MVP, foram Steve Nash e Dirk Nowitzki.
6. O QUE SERIA DA NBA SEM O DEUS MICHAEL JORDAN?!!!
Inimaginável a NBA sem negros, não é? É uma coisa totalmente inseparável. A NBA deve celebrar esse mês sempre. Hoje em dia não há espaço nesse mundo para preconceitos, não vou citar o caso de racismo do ex dono do Clippers, porque pra mim não vale nem a pena, este post é apenas para fazer uma pequena homenagem a esses caras que nos proporcionam verdadeiros espetáculos na NBA, nos fazem os adotar como ídolos e torcer para os times da NBA! Just enjoy the league!